TENHA FÉ! O PARAISO É POSSÍVEL!!!

Tenha fé! O paraíso é possível!

segunda-feira, 31 de março de 2014

Enchente do Rio Madeira - Histórica

PORTO VELHO — “É o apocalipse se aproximando! A ira de Deus vai inundar a Terra”, grita uma fanática religiosa em cima de um pequeno banco, diante do Parque Madeira Mamoré, principal ponto turístico de Porto Velho. A pregação parece fazer algum sentido para quem olha ao redor. Ruas alagadas, casas com água até o telhado, e balsas circulando no lugar de carros formam o cenário. A maior cheia da história do Rio Madeira, pela 1ª vez perto de atingir 20 metros acima do nível normal — o recorde anterior, de 1997, era de 17,52 metros —, já desalojou aproximadamente 20 mil pessoas na capital de Rondônia, num total de 4,5 mil famílias. E esse número, assim como o rio, não para de subir. O problema começou em dezembro de 2013, com a elevação do Rio Beni, que nasce na Cordilheira dos Andes como Madre de Dios antes de encontrar o Rio Mamoré e dar origem ao Madeira. As consequências podem ter sido agravadas pela erosão das encostas, provocada pelas duas usinas hidrelétricas em operação no rio há menos de um ano — uma delas, a de Santo Antônio, fica a cinco quilômetros de Porto Velho. Agora, na Rua Rogério Weber, uma das vias mais importantes, a água já chega ao segundo andar do Tribunal Regional Eleitoral e do Fórum Eleitoral. Em alguns pontos, o rio foi cidade adentro por até dez quadras, expulsando moradores e piorando o já complicado trânsito. Responsável pela fundação de Porto Velho, que em outubro comemora cem anos, a lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré está com seu patrimônio ameaçado. Locomotivas centenárias estão debaixo d’água. A estrutura de aço do antigo galpão, que hoje abriga o museu da linha férrea, inaugurada em 1912 e desativada sessenta anos depois pelo regime militar, dá sinais de enfraquecimento, pois a força da água rompeu uma das portas de entrada. Pela brecha, é possível ver o mobiliário histórico boiando na superfície dos mais de dois metros de lâmina d’água. Reformado há menos de três anos pelo município ao custo de R$ 11 milhões, o espaço terá que ser recuperado. — Rondônia vive uma tragédia, mais uma em sua história. As cheias anteriores eram menores e duravam no máximo duas semanas. Essa já tem mais de dois meses — diz o historiador Aleks Palitot, que montou um bunker em volta de casa para a água não entrar, mas a água invadiu a residência mesmo assim. Leia mais em: http://oglobo.globo.com/pais/cheia-historica-do-rio-madeira-deixa-rastro-de-destruicao-12034876 (fonte).